Domingo 22, SOB A CHAMA DA CANDEIA, André Gil Mata, 109', M/12
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Produção da Rua Escura, é uma ficção inspirada pelas memórias que o cineasta André Gil Mata tem de Alzira, a sua avó, acompanhando a vida dela, da adolescência à velhice, em “quadros” baralhados no tempo ao sabor das recordações. Remete-se aqui também para a sua segunda longa "Como me Apaixonei por Eva Ras" (2016), pois a avó é precisamente interpretada pela actriz sérvia que pairava como “musa” dessa ficção de base documental.
Sob a Chama da Candeia é uma notável prova de maturidade do realizador: as presenças silenciosas mas carregadas de tensão das actrizes Eva Ras e Márcia Breia – a ancorar esta história sobre a vida de uma mulher no século XX português condenada ao “cativeiro” de “fada do lar” –, diluem os longos planos-sequência que são a marca registada do cineasta e emprestam-lhe uma humanidade que, por vezes, o seu formalismo impiedoso ofuscava
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