JUNHO 2015

07_Domingo_AS ASAS DO VENTO_Hayao Miyazaki, M/12, 126’

14_Domingo_PHOENIX_Christian Petzold, M/12, 98’

21_Domingo_FORÇA MAIOR_Ruben Östlund, M/12, 120’

28_Domingo_A RESPEITO DA VIOLÊNCIA_Göran Olsson, M/16, 78’

AS ASAS DO VENTO Domingo 07

JAP, 2013, Cores, 126 min.

Título original: Kaze tachinu // De: Hayao Miyazaki // Com: Hideaki Anno (Voz), Hidetoshi Nishijima (Voz), Miori Takimoto (Voz) // Género: Drama, Animação, Guerra // Classificação: M/12

Inspirado pela obra do italiano Gianni Caproni (1886-1957), responsável pela criação de vários bombardeiros usado pelas frotas italianas, francesas, britânicas e americanas durante a Primeira Grande Guerra, o jovem japonês Jiro Horikoshi deseja aprender tudo o que esteja ligado aos aviões. Como usa óculos desde pequeno, não pode ser aviador, pelo que dedica a sua vida ao estudo de aeronáutica. Depois de terminar os estudos superiores, consegue trabalho numa grande empresa da área. Por demonstrar grandes capacidades, é-lhe dada a liberdade para construir os seus próprios protótipos. Jiro acaba por se tornar um dos mais importantes engenheiros de aeronáutica do seu tempo. Percorrendo os eventos mais representativos da vida desta personagem, o filme acompanha os grandes acontecimentos da História, recriando o sismo que teve lugar em Kantō (Japão) a 1 de
Setembro de 1923, os terríveis anos da Grande Depressão, a epidemia de tuberculose ou a entrada do Japão na Segunda Grande Guerra. Com argumento e realização do mestre de animação japonês Hayao Miyazaki (“Princesa Mononoke”, “A Viagem de Chihiro”, “O Castelo Andante”, “Ponyo à Beira-Mar”), um filme animado que cruza as histórias reais do engenheiro Jiro Horikoshi (1903-1982) e do poeta Tatsuo Hori (1904-1953). “As Asas do Vento” teve uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e para o Óscar de Melhor Filme de Animação.

PHOENIX Domingo 14

ALE, 2014, Cores, 98 min.

Título original: Phoenix // De: Christian Petzold // Com: Nina Hoss, Ronald Zehrfeld, Nina Kunzendorf // Género: Drama // Classificação: M/12

Alemanha, Outono de 1945. Nelly Lenz (Nina Hoss) é uma sobrevivente dos campos de concentração nazis. Apesar de ter escapado à morte, sofreu vários ferimentos que lhe deixaram o rosto totalmente desfigurado. Lene Winter (Nina Kunzendorf), que trabalha para uma agência judaica, cuida dela e leva-a para Berlim, ajudando-a de todas as maneiras que é capaz. Quando, após uma cirurgia de reconstrução facial, Nelly se apercebe de que está quase irreconhecível, Nelly sente-
se perdida. É então que decide ficar na cidade e procurar Johnny (Ronald Zehrfeld), o marido, que tudo indica ter sido quem a denunciou às autoridades alemãs. Certo dia, encontram-se. Convencido de que Nelly morreu, Johnny não a reconhece. Mas propõe-lhe um trato: dadas as semelhanças com a esposa que julga falecida, pede-lhe que finja ser ela própria e o ajude a reclamar uma herança em seu nome. Determinada a descobrir a verdade sobre as intenções do homem com quem casou e que nunca deixou de amar, Nelly concorda…
Com argumento e realização do alemão Christian Petzold (“Bárbara”), é a adaptação cinematográfica da obra “Le Retour des Cendres”, de Hubert Monteilhet. Em 2014, “Phoenix” recebeu o Prémio da Crítica Internacional (Fipresci) no Festival de Cinema de San Sebastián, no País Basco.

FORÇA MAIOR Domingo 21

DIN/FRA/NOR/SUE, 2014, Cores, 120 min.

Título original: Turist // De: Ruben Östlund // Com: Johannes Kuhnke, Lisa Loven Kongsli, Clara Wettergren // Género: Drama // Classificação: M/12

Para fugir à pressão do dia-a-dia, Tomas e Ebba vão passar uns dias de férias com os dois filhos numa estância de esqui nos Alpes franceses. Tudo lhes parece perfeito até serem surpreendidos por uma avalancha. No momento em que ela, em pânico, tenta proteger as crianças a qualquer custo, repara que Tomas fugiu para se salvar. Profundamente desiludida com a reacção do marido, e considerando que proteger a família devia ser algo instintivo, Ebba sente-se incapaz de perdoar
aquela atitude. Este incidente, de grande significado, vai corroer os laços entre cada um deles, alterando para sempre a dinâmica da família…
Um drama sobre confiança e solidariedade assinado pelo realizador sueco Ruben Ostlund, depois de “The Guitar Mongoloid” (2004), “Involuntary” (2008) e “Play” (2011).

A RESPEITO DA VIOLÊNCIA Domingo 28

EUA/SUE/DIN/FIN, 2014, Cores, 78 min.

Título original: Concerning Violence // De: Göran Olsson // Género: Documentário //
Classificação: M/16

Imagens de arquivo sobre os movimentos independentistas africanos dos anos 1960-70 são conjugadas com escritos do filósofo e estudioso Frantz Fanon – “Os Condenados da Terra”, de 1961 – lidos pela cantora Lauryn Hill. O sueco Göran Hugo Olsson (que já assinara “The Black Power Mixtape 1967-1975”) constrói assim uma inquietante narrativa visual que proporciona um novo olhar sobre a História do  continente (incluindo Angola e Moçambique), do colonialismo europeu e do racismo.
“A Respeito da Violência” é um documentário que nasce de um trabalho  de “arqueologia” feito pelo realizador nos arquivos da televisão sueca. As reportagens dos conflitos surgem organizadas em “nove cenas de autodefesa anti-imperialista”. Entre outras distinções, o filme recebeu o Prémio Fairbindet no Festival de Berlim. Descubra as diferenças Ao falar dos conflitos de independência africanos dos anos 1970, Göran Hugo Olsson fala do que não mudou no mundo nos últimos 40
anos. e mais provas fossem necessárias do fervilhante laboratório formal em que o formato do documentário se tornou, aqui está o novo filme do sueco Göran Hugo Olsson para mostrar como é possível pegar nas imagens de época e nos arquivos noticiosos para os pôr a falar dos nossos dias.