AGOSTO 2021 - CINEMA AO AR LIVRE

Nas sextas-feiras de agosto, o Cineclube de Vila do Conde irá promover, ao ar livre no espaço exterior da SOLAR - Galeria de Arte Cinemática, uma programação dedicada ao cinema documental musical.

Sessões às 21h30
Entrada livre
M/12
Apoio: CMVC - Programa Cultura Vila do Conde 2021
Parceria: Solar- Galeria de Arte Cinemática

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sexta-feira, 6 de agosto, P.J. Harvey- A dog called money, Seamus Murphy

sexta-feira, 13 de agosto, Onde está você, João Gilberto? Georges Gachot

sexta-feira, 20 de agosto, Gimme Danger, Jim Jarmusch

sexta-feira, 27 de agosto, Buena Vista Social Club, Wim Wenders

Sexta-feira 6, P.J. HARVEY- A DOG CALLED MONEY

 

Fotojornalista que viaja o mundo há largos anos, Seamus Murphy, de origem irlandesa, trabalha com a cantora-compositora britânica PJ Harvey desde 2008. Em 2011, lançou-se na realização e assinou o complemento visual do álbum "Let England Shake". Uns anos depois, levou-a em viagem pelo Kosovo, o Afeganistão e Washington, D.C., nos Estados Unidos, uma experiência que inspirou o álbum "The Hope Six Demolition Project", lançado em 2016. A própria gravação do disco, um processo aberto ao público como parte de uma instalação de arte na Somerset House, em Londres, foi também filmada por Murphy. Este documentário, a primeira longa-metragem do fotógrafo, junta as viagens dos dois e a produção do álbum, alternando livremente entre os dois.



sexta-feira 13, ONDE ESTÁ VOCÊ, JOÃO GILBERTO?

 


O jornalista alemão Marc Fischer tinha uma enorme obsessão: João Gilberto, o entretanto desaparecido pioneiro da bossa nova. Durante anos, tentou, sem sucesso, encontrar o músico brasileiro, que não fez aparições públicas ao longo de décadas. "Ho-ba-la-lá: À Procura de João Gilberto", o livro que escreveu sobre essa busca, saiu em 2011, uma semana depois de Fischer se ter suicidado. O francês Georges Gachot, que já tinha realizado documentários sobre Maria Bethânia ou o samba, ficou fascinado por esta história e decidiu adaptá-la, repetindo os passos de Fischer e indo ao encontro do lendário músico. O resultado é este filme.

sexta-feira 20, GIMME DANGER

 


Nascidos no Michigan, em 1967 – ainda sob o nome de The Psychedelic Stooges –, The Stooges foram uma banda norte-americana que fez história pela singularidade artística. Apesar do pouco êxito comercial na altura do lançamento, os seus primeiros discos – "The Stooges" (1969), "Fun House" (1970) e "Raw Power" (1973) – vieram a ter um grande impacto no panorama musical do final dos anos 1970. Após o desmembramento da banda, em 1975, Iggy Pop, o enérgico vocalista, ainda hoje conhecido como "o padrinho do punk", seguiu uma carreira solo e tornou-se um verdadeiro ícone do rock.
Através de entrevistas e imagens de arquivos, Jim Jarmusch – o aclamado realizador de "Noite na Terra", "Homem Morto", "Café e Cigarros", "Broken Flowers - Flores Partidas", "Os Limites do Controlo" ou "Só os Amantes Sobrevivem" – parte do título de um dos temas mais conhecidos da banda e constrói um documentário sobre a obra, a trajectória e o impacto que teve na cultura musical.

sexta-feira 27, BUENA VISTA SOCIAL CLUB

 


Este filme-documentário revela o espírito que fez possível o disco "Buena Vista Social Club". A técnica do realizador alemão Wim Wenders mostra a vida dos vários membros deste conjunto ao ritmo das "guarachas" e do "son", que compõem o disco. A história de Buena Vista Social Club começou quando o músico norte-americano Ry Cooder partiu para Cuba ao encontro das lendas esquecidas que marcaram a história da música, nos trópicos de Fidel Castro. Quando chegou a La Habana não conhecia ninguém. Começou a perguntar por um e por outro e veio a saber que alguns já tinham morrido e que outros moravam já ali, ao virar da esquina. Todos eles viviam modestamente nas suas pequenas casas e quase todos já se tinham afastado da música. "Não dava dinheiro" conta Ibrahim Ferrer, cantor de Buena Vista Social Club e um dos grande nome da música cubana graças ao sucesso esquecido de "El Pantanal de Bartolo". Ele é um homem falador com uma simpatia natural que comove, especialmente quando se vêem cenas como a de Ibrahim a limpar as lágrimas emocionadas de Omara Portuondo, depois de cantar o bolero "Dos Gardenias", num palco de Amsterdão. Omara Portuondo é a única voz feminina do grupo. Ela também , é uma das grandes estrelas da música cubana. Como também o é Compay Segundo, um apaixonado pela vida e pelas mulheres com 92 anos de juventude sobre o corpo e inventor do "Armónico" - um instrumento com sete cordas que combina a guitarra tradicional com a cubana. Mas o disco que ganhou o Grammy em 1996 também deve os seus ritmos calorosos à arte de outros músicos, como o pianista Ruben González, o guitarrista Elíades Ochoa e outros artistas cubanos que foram tirados do esquecimento por Cooder...