SETEMBRO 2014

07_Domingo_A ALEGRIA_ Felipe Bragança, Marina Meliande, M/12, 106’

14_Domingo_E AGORA? LEMBRA-ME _ Joaquim Pinto, M/12, 164’

21_Domingo_NEBRASKA_Alexander Payne, M/12, 115’

28_Domingo_TOM NA QUINTA__Xavier Dolan, M/16, 102’


A ALEGRIA Domingo 07

BRA, 2010, Cores, 106 min.

Título original: A Alegria // De: Felipe Bragança, Marina Meliande // Com: Clara Barbieri, César Cardadeiro, Flora Dias // Género: Drama // Classificação: M/12

Luíza, de 16 anos, é filha única e vive com a mãe. Um dia, em vésperas de Natal, o seu primo João é baleado e desaparece a meio da noite. Toda a família se une em sofrimento, julgando-o morto. Algumas semanas depois, sozinha no seu apartamento no Rio de Janeiro, Luíza depara-se com João, que lhe pede segredo e abrigo… Selecionado para a Quinzena dos Realizadores no Festival de
Cinema de Cannes em 2010, um filme sobre a adolescência escrito e realizado pelos brasileiros Felipe Bragança e Marina Meliande (já antes parceiros em “A Fuga da Mulher Gorila”). O elenco, formado por não-actores, conta com Clara Barbieri, César Cardadeiro, Flora Dias, Maria Gladys,
Mariana Lima, Sandro Mattos, Tainá Medina, Rikle Miranda, Junior Moura e Marcio Vito.

E AGORA? LEMBRA-ME Domingo 14

POR, 2013, Cores, 164 min.

Título original: E Agora? Lembra-me // De: Joaquim Pinto // Género: Documentário

Há quase duas décadas que Joaquim Pinto convive com o HIV e com o vírus da hepatite C. Reconhecido pela realização de “Uma Pedra no Bolso” (1988), “Onde Bate o Sol” (1989),
“Das Tripas Coração” (1992), “Moleque de Rua” (1997) ou “Porca Miséria” (2007), pelo trabalho como engenheiro de som em inúmeros filmes e como produtor de João César Monteiro (“A Comédia de Deus”, “O Bestiário”) ou Teresa Villaverde (“A Idade Maior”, “Três Irmãos”), Pinto teve de se
afastar da carreira no cinema devido à progressão da doença. Após anos de luta, decide regressar com esta obra que assina conjuntamente com Nuno Leonel, seu companheiro desde 1996. Através de um documentário confessional, que segue o seu “caderno de apontamentos” sobre um ano de ensaios
com medicamentos experimentais iniciados em 2011, ele faz uma reflexão sobre “o tempo e a memória, as epidemias e a globalização, a sobrevivência para além do expectável, a dissensão e o amor absoluto”. “E Agora? Lembra-me” teve a sua estreia internacional em 2013, no Festival de Locarno (Suíça), onde conquistou o Prémio Especial do Júri e o Prémio da Crítica Internacional (Fipresci). Desde então, foi apresentado em mais de uma vintena de festivais, onde recebeu várias
distinções, entre elas o Grande Prémio Cidade de Lisboa no DocLisboa, o Prémio de Melhor Filme no Festival de Valdivia (Chile) e o Grande Prémio nos Encontros Internacionais do Documentário de Montréal (Canadá).

NEBRASKA Domingo 21

EUA, 2013, Cores, 115 min.

Título original: Nebraska // De: Alexander Payne // Com: Bruce Dern, Will Forte, June Squibb
Género: Aventura // Classificação: M/12

Apesar do desencanto com a vida e da sua idade avançada, Woody Grant (Bruce Dern) decide fazer uma longa viagem, de Montana ao Nebraska, para reclamar um prémio de um milhão de dólares que julga ter ganho através de uma revista. Apesar do desacordo da esposa (June Squibb) e do resto da
família, que o considera demente e pondera colocá-lo num lar de idosos, David (Will Forte), o filho, decide fazer-lhe a vontade e acompanhá-lo nessa jornada, mesmo ciente da inutilidade do projecto. Assim, durante esse percurso, pai e filho acabam por romper as barreiras que os anos se encarregaram
de erguer, criando laços que há muito julgavam perdidos. Em competição pela Palma de Ouro na edição de 2013 do Festival de Cannes - onde Bruce Dern arrecadou o prémio de Melhor Actor -, uma história filmada a preto e branco com assinatura de Alexander Payne (“As Confissões de Schmidt”,
“Sideways”, “Os Descendentes”), segundo um argumento de Bob Nelson. “Nebraska” tem ainda seis nomeações para os Óscares, nas categorias de melhor filme, realizador, argumento original, fotografia, actor e actriz secundária (Bruce Dern e June Squibb, respectivamente).

TOM NA QUINTA Domingo 28

CAN/FRA, 2013, Cores, 102 min.

Título original: Tom à la Ferme // De: Xavier Dolan // Com: Xavier Dolan, Pierre-Yves Cardinal, Lise Roy // Género: Drama, Thriller // Classificação: M/12

Tom (Xavier Dolan) é um jovem publicitário que chega a uma zona rural do Quebeque (Canadá), para assistir ao funeral de Guillaume, o namorado, que morreu dias antes num acidente de automóvel. Neste meio tão diferente do seu, ele percebe que a mãe de Guillaume ignora completamente a homossexualidade do filho e que nunca tinha ouvido falar de si. Esse segredo é mantido por Francis (Pierre-Yves Cardinal), o filho mais velho, um homem violento e homofóbico que está decidido a manter as aparências em prol da honra da sua família. Assim, durante o tempo passado naquele ambiente dominado pelo sofrimento, Tom é obrigado a menosprezar a sua própria dor, fazendo-se passar por um simples amigo. Mas a decisão de esconder quem na verdade é, obedecendo às regras de Francis, tem consequências aterradoras que irão ultrapassar todos os limites admissíveis e que farão dele a maior vítima daquela encenação. Quarta longa-metragem do jovem realizador-prodígio Xavier Dolan, um “thriller” psicológico que adapta a peça homónima do aclamado dramaturgo
canadiano Michel Marc Bouchard. “Tom na Quinta” recebeu o Prémio Fipresci no Festival de Veneza e foi ainda apresentado na edição de 2014 do IndieLisboa. A banda sonora é da autoria do multi-premiado compositor libanês Gabriel Yared, responsável pela música de “O Paciente Inglês” (1996), “O Talentoso Mr. Ripley” (1999), “Cold Mountain” (2003) e “Um Caso Real” (2012), entre outros.