JUNHO 2016

Domingo, 05, O ESPELHO, Andrei Tarkovsky, M/12, 108'

Domingo, 12, A PONTE DOS ESPIÕES, Steven Spielberg, M/12, 141'

Domingo, 19, HOMEM IRRACIONAL, Woody Allen, M/12, 95'

Domingo, 26, NOSTALGIA DA LUZ, Patricio Guzmán, M/12, 90'

MAIO 2016

Domingo, 08,JOHN FROM, João Nicolau, M/12, 100'

Domingo, 15, SALVE, CÉSAR!, Ethan e Joel Coen, M/12, 106'

Domingo, 22, SOLARIS, Andrei Tarkovsky, M/12, 164'

Domingo, 29, À SOMBRA DAS MULHERES, Philippe Garrel, M/12, 73'

JOHN FROM Domingo 08

POR, 2015, Cores, 100 min.
De: João Nicolau // Com: Júlia Palha, Clara Riedenstein, Filipe Vargas, Leonor Silveira,
Adriano Luz // Género: Drama // Classificação: M/12

É Verão. Rita, de 15 anos, vive vacilando entre a doçura da infância e a idade adulta. Certo dia, ao ver uma exposição que um novo vizinho apresenta no centro comunitário do bairro onde mora, fica fascinada. A partir desse momento, nada na sua vida será como dantes.
Com realização e argumento de João Nicolau (“A Espada e a Rosa”), este é, segundo as suas palavras, um filme que “procura auscultar a lógica e as metamorfoses da paixão juvenil. Respeitando os seus códigos particulares, acompanhando-os, a exploração (…) sempre distante daquela que olha a atracção entre uma adolescente e alguém mais velho como uma disfunção psicológica ou um sintoma de doença social. Ao filme e à protagonista não restou por isso outro caminho senão o da constante transfiguração que nos aproxima daquilo que nessa paixão é mais verdadeiro: a beleza.” Os actores Júlia Palha, Clara Riedenstein, Filipe Vargas, Leonor Silveira e Adriano Luz dão vida às personagensPor esse lado – o da adolescência – é tudo tão justo e tão bonito que tanto toca quem se lembra duma adolescência nos anos 80 (o verão urbano, as ruas tomadas pelos miúdos e pelas miúdas) como se faz absolutamente contemporâneo, com os gadgets (o iPod, que João Nicolau aproveita como em cinema ninguém aproveitou) e aquela liberdade “clandestina” (as noitadas passadas na internet) que se imagina ser a dos adolescentes de agora. Todo o filme é à medida deles, a câmara enquadra-os como se os jardins e varandins de Telheiras, os verdes e os cinzentos, tivessem sido construídos como um labirinto de que só eles sabem o segredo. Os adultos – os pais, por exemplo – aparecem de “passagem”, como se estivessem a mais, vultos que cruzam o enquadramento, desmancha-prazeres que querem levar a filha para a praia no Algarve
quando ela sabe que a verdadeira praia está ali mesmo, em Telheiras (ou, o que vai dar ao mesmo, na Melanésia). É daqueles filmes onde o casting é meio caminho andado: a química entre as duas miúdas protagonistas (Júlia Palha e Clara Riedenstein), aquela parceria cheia de cumplicidades, muito doce mas, como é próprio dos adolescentes, com uma seriedade muito adulta, funciona às mil maravilhas. E, juntas, têm este poder que só o pensamento mágico – ou, por outras palavras, o cinema consegue: fazer um bairro inteiro ser ocupado pelos antípodas.

SALVE, CÉSAR! Domingo 15

EUA/GB, 2016, Cores, 106 min.

Título original: Hail, Caesar! // De: Ethan Coen, Joel Coen // Com: Channing Tatum, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Ralph Fiennes, Josh Brolin, Frances McDormand, George Clooney
Género: Drama, Comédia

Hollywood (EUA), década de 1950. Edward Mannix é uma das peças fundamentais do negócio do cinema. A sua principal função é proteger as grandes estrelas de escândalos de todos os tipos. A sua vida é um frenesim de acontecimentos e de problemas para resolver. Mas o seu maior desafio surge quando Baird Whitlock, o actor principal de uma superprodução chamada “Salvé, César!”, é raptado a meio das filmagens. O rapto é reclamado por uma organização criminosa autodenominada
“Futuro”, que exige uma exorbitante quantia de dinheiro.
Gerir os egos de um sem-número de actores, realizadores e produtores, ao mesmo tempo que tenta encontrar o paradeiro de Whitlock, não é tarefa para qualquer um. Mas parece que Mannix consegue estar sempre à altura das circunstâncias…
Escrito e realizado por Joel e Ethan Coen (conhecidos pelos sucessos “Barton Fink”, “Fargo”, “O Grande Lebowski”, “Este País Não É para Velhos” ou “Indomável”), uma comédia ambientada
nos anos dourados do cinema. O elenco, de luxo, conta com a participação de Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Jonah Hill, Scarlett Johansson, Frances McDormand, Tilda Swinton e Channing Tatum, entre muitos outros.

SOLARIS Domingo 22

URSS, 1972, Cores, 164 min.

Título original: Solaris // De: Andrei Tarkovsky // Com: Anatoli Solonitsine, Donatas Banionis, Natalya Bondartchuk, Yuri Yarvet // Género: Drama, Ficção Científica

“Solaris” é um filme de ficção científica do cineasta soviético Andrei Tarkovski. Adaptado de um romance do polaco Stanislaw Lem, o filme apresenta através da odisseia de um psicólogo num planeta, uma série de encontros dos seres humanos com os seus próprios receios e fantasias.
Kris Kelvin é um psicólogo que é enviado para uma estação espacial que se encontra na órbita do planeta Solaris. A bordo da estação só restam três elementos dos 85 que integravam a tripulação. Morreram em circunstâncias misteriosas e Kelvin tem de avaliar se a estação deve ser evacuada ou se o planeta, que provoca fenómenos psíquicos estranhos, deve ser destruído. “Solaris” conquistou o prémio especial do júri no Festival de Cannes em 1972.

À SOMBRA DAS MULHERES Domingo 29

FRA/SUI, 2015, Cores, 73 min.

Título original: L’Ombre des Femmes // De: Philippe Garrel // Com: Clotilde Courau, Stanislas Merhar, Lena Paugam, Vimala Pons // Género: Drama //Classificação: M/12


Pierre e Manon são casados há já algum tempo. Ele é realizador e está a trabalhar num documentário sobre um herói da Segunda Grande Guerra; ela tem um emprego em “part-time”.
O dinheiro escasseia e eles vão subsistindo como podem ao dia-a-dia. Um dia, ele conhece Elisabeth, uma rapariga mais jovem, com quem inicia uma relação extraconjugal. Manon, por seu lado, também lhe é infiel com um outro homem. Apesar de ambos se continuarem a amar e da sua traição não resultar da paixão por outras pessoas, nada entre eles se manterá intacto…
Um drama familiar sobre amor, medo e ciúme com assinatura do premiado realizador francês Philippe Garrel (“Os Amantes Regulares”, “Inocência Selvagem”, “Ciúme”), segundo um argumento
seu, de Caroline Deruas-Garrel (a companheira) e Arlette Langmann. “À Sombra das Mulheres”, conta com a participação de Clotilde Courau, Stanislas Merhar e Lena Paugam.