sexta-feira 27, BUENA VISTA SOCIAL CLUB

 


Este filme-documentário revela o espírito que fez possível o disco "Buena Vista Social Club". A técnica do realizador alemão Wim Wenders mostra a vida dos vários membros deste conjunto ao ritmo das "guarachas" e do "son", que compõem o disco. A história de Buena Vista Social Club começou quando o músico norte-americano Ry Cooder partiu para Cuba ao encontro das lendas esquecidas que marcaram a história da música, nos trópicos de Fidel Castro. Quando chegou a La Habana não conhecia ninguém. Começou a perguntar por um e por outro e veio a saber que alguns já tinham morrido e que outros moravam já ali, ao virar da esquina. Todos eles viviam modestamente nas suas pequenas casas e quase todos já se tinham afastado da música. "Não dava dinheiro" conta Ibrahim Ferrer, cantor de Buena Vista Social Club e um dos grande nome da música cubana graças ao sucesso esquecido de "El Pantanal de Bartolo". Ele é um homem falador com uma simpatia natural que comove, especialmente quando se vêem cenas como a de Ibrahim a limpar as lágrimas emocionadas de Omara Portuondo, depois de cantar o bolero "Dos Gardenias", num palco de Amsterdão. Omara Portuondo é a única voz feminina do grupo. Ela também , é uma das grandes estrelas da música cubana. Como também o é Compay Segundo, um apaixonado pela vida e pelas mulheres com 92 anos de juventude sobre o corpo e inventor do "Armónico" - um instrumento com sete cordas que combina a guitarra tradicional com a cubana. Mas o disco que ganhou o Grammy em 1996 também deve os seus ritmos calorosos à arte de outros músicos, como o pianista Ruben González, o guitarrista Elíades Ochoa e outros artistas cubanos que foram tirados do esquecimento por Cooder...

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