HIROSHIMA, MEU AMOR Domingo 6

FRA/JAP, 1959, Preto e Branco, 90 min.

Título original: Hiroshima, Mon Amour // De: Alain Resnais // Com: Bernard Fresson, Eiji Okada, Emmanuelle Riva // Género: Drama, Romance // Classificação: M/12

Foi a longa metragem de estreia de Alain Resnais, depois de se ter dedicado durante 10 anos às curtas
metragens documentais, onde já explorava conceitos presentes neste filme. “Hiroshima, Meu Amor”, cujo
argumento é da autoria da escritora Marguerite Duras, era para ter sido um documentário sobre a reconstrução de Hiroshima depois da destruição provocada pelo lançamento da primeira bomba atómica da História pelos Aliados na II Guerra Mundial. Não é de admirar, portanto, que tenha evoluído para um filme que é, antes de mais, uma evocação poética do tempo e da memória, para além de uma afirmação da necessidade de esquecer acontecimentos traumáticos para continuar a viver. É um simbólico caso amoroso entre Elle (Emmanuelle Riva), uma actriz francesa a fazer um filme anti-bélico em Hiroshima, e um arquitecto japonês (Eiji Okada), que serve o argumento. Apesar de serem casados e ambos terem consciência de que o romance está condenado, continuam a encontrar-se, unidos pela evocação de experiências, que estabelecem um contraste entre o passado e o presente. Marguerite Duras foi nomeada, em 1961, para o Óscar de melhor argumento original. Alain Resnais ganhou um prémio da Academia Britânica de Cinema, o prémio de melhor filme do Sindicato Francês de Críticos de Cinema e o de melhor filme estrangeiro do Círculo de Críticos de Cinema de Nova Iorque.

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