MAIO 2015



3_Domingo, ROMA, CIDADE ABERTA_Roberto Rossellini, M/12, 100'

10_Domingo, LEVIATÃ_Andrey Zvyagintsev, M/12, 140'

17_Domingo, O VELHO DO RESTELO_Manoel de Oliveira, M/12, 20'
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VIAGEM EM ITÁLIA_Roberto Rossellini, M/12, 75'

24_Domingo, O PAÍS DAS MARAVILHAS_Alice Rohrwacher, M/12, 110'

31_Domingo, ÍNDIA_Roberto Rossellini, M/12, 95'

ROMA, CIDADE ABERTA Domingo 03

ITA, 1944, Cores, 100 min.

Título original: Roma, Citta Aperta // De: Roberto Rossellini // Com: Aldo Fabrizi, Anna Magnani, Henry Feist, Marcello Pagliero // Drama, Guerra

Quando Roberto Rosselini começou a rodar “Roma, Cidade Aberta”, os Aliados tinham acabado de expulsar os nazis da cidade de Roma, perto do final da II Guerra Mundial. Considerado como uma das suas melhores obras, o filme que Rosselini filmou em pequenas partes de película danificada ajudou a definir o neorealismo italiano. A história é narrada num estilo semi-documental, usando cenários reais, e envolve membros da resistência italiana em plena acção contra a ocupação nazi. Giorgio Manfredi (Marcello Pagliero), líder da Resistência italiana, é descoberto pelos nazis. Procura ajuda em casa do amigo Francesco (Francesco Grandjacquet), mas é a noiva Pina (Anna Magnani) que o vai ajudar, avisando o padre Don Pietro Pellegrini (Aldo Fabrizi) que Giorgio tem de deixar a cidade imediatamente. Anna Magnani tornou-se uma estrela de cinema internacional com esta interpretação de uma mulher grávida e solteira que é apanhada pelos acontecimentos no dia do seu casamento. “Roma, Cidade Aberta” recebeu o Grande Prémio do Festival de Cannes de 1946. Sergio Amidei e Federico Fellini foram nomeados para o Óscar de melhor argumento de 1947.

LEVIATÃ Domingo 10

RUS, 2014, Cores, 140 min.

Título original: Leviafan // De: Andrey Zvyagintsev // Com: Aleksey Serebryakov, Elena Lyadova, Roman Madyanov // Drama // Classificação: M/12


Numa pequena cidade costeira no Mar de Barents (Oceano Glacial Árctico), Kolya leva uma existência tranquila ao lado de Lilya, a mulher, e Romka, o filho adolescente. Mas as suas vidas alteram-se quando Vadim Sergeyich, o presidente da Câmara, se mostra interessado em apropriar-se do terreno onde está situada a casa da família e a garagem onde exploram um negócio de reparações. Quando percebe que não o conseguirá por meios legais, Sergeyich usa as suas influências partidárias para corromper todos à sua volta. Para tentar salvar tudo o que construiu e recuperar a sua vida, Kolya resolve pedir ajuda a Dmitriy, um amigo de longa data que se tornou um advogado de sucesso em Moscovo. Juntos, estão determinados a ir até às últimas consequências para provar a índole corrupta do homem em quem cidade depositou toda a confiança…

Vencedor do Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático sobre corrupção e abuso de poder, que conta com assinatura do russo Andrey Zvyagintsev (“O Regresso”, “Elena”). “Leviatã” foi ainda premiado com um Globo de Ouro para Melhor Filme Estrangeiro e nomeado para um Óscar na mesma categoria.

O VELHO DO RESTELO + VIAGEM EM ITÁLIA Domingo 17

O VELHO DO RESTELO + VIAGEM EM ITÁLIA

O VELHO DO RESTELO
POR, 2014, Cores

Título original: O Velho do Restelo // De: Manoel de Oliveira // Com: Mário Barroso, Júlia Buisel, Luís Miguel Cintra, Ricardo Trêpa, Diogo Dória // Drama // Classificação: M/12

Estreado mundialmente no prestigiado Festival de Cinema de Veneza, em Setembro de 2014, “O Velho do Restelo” chega às salas portuguesas no exacto dia do 106.º aniversário do nascimento de Manoel de Oliveira. Como refere a produtora O Som e a Fúria, neste filme, o realizador “reúne, num banco do século XXI, Dom Quixote, o poeta Luís Vaz de Camões e os escritores Teixeira de Pascoaes e Camilo Castelo Branco. Juntos, levados pelos movimentos telúricos do pensamento, eles deambulam entre o passado e o presente, derrotas e glórias, vacuidade e alienação, em busca da inacessível estrela”.

VIAGEM EM ITÁLIA
1953, Preto e Branco, 79 min

Viagem em Itália // De: Roberto Rossellini // Drama // Classificacão: M/12

Para Jacques Rivette é o filme “que abre uma brecha pela qual todo o cinema moderno deve, obrigatoriamente, passar”. Em “Viaggio in Italia”, Rossellini afasta-se definitivamente dos cânones do neo-realismo italiano, confirmando que, enquanto cineasta, o seu percurso transcendia todos e quaisquer “movimentos” e “escolas”.

O PAÍS DAS MARAVILHAS Domingo 24

ITA/SUI/ALE, 2014, Cores, 110 min.

Título original: Le Meraviglie // De: Alice Rohrwacher // Com: Monica Bellucci, Alba Rohrwacher, Margarete Tiesel, André Hennicke // Drama // Classificação: M/12


É Verão na Toscana (Itália) e a família de Gelsomina sobrevive da apicultura. Wolfgang, o pai, é um alemão pessimista de ideias muito próprias. Apesar da sua juventude, é Gelsomina quem comanda a lógica familiar. As suas três irmãs mais novas obedecem-lhe e trabalham sob as suas ordens.
Enquanto o campo está a ser destruído pelos pesticidas e a vida dos enxames a alterar-se a cada dia, um programa de televisão chega àquele lugar, oferecendo um prémio à família mais tradicional. O concurso das maravilhas rurais é apresentado por Milly Catena, uma mulher belíssima por quem as crianças se deixam deslumbrar. Gelsomina quer participar na competição, mas o pai proíbe-a. Nesse momento, o patriarca aceita Martin em sua casa, um rapaz vindo de um programa de reinserção social. A tensão entre o forasteiro e Gelsomina sente-se a cada momento, mas ela está determinada a mostrar a sua força. De tal modo que, no final daquele longo Verão, tudo para eles será diferente…
Vencedor do Grande Prémio do júri no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático assinado pela realizadora italiana Alice Rohrwacher (“Corpo Celeste”). O elenco conta com Maria Alexandra Lungu, Alba Rohrwacher (irmã da realizadora), Sam Louwyck, Monica Bellucci e Luis Huilca, entre outros.





ÍNDIA Domingo 31

ÍNDIA, Roberto Rossellini, M/12, 95’

" India, o espantoso filme indiano de Rossellini, “o filme da criação do mundo” como escreveu Godard, onde a ficção se faz documento e o documento se faz ficção, onde a realidade não exclui o imaginário porque o imaginário - cultural, religioso, etc - integra a realidade, e que é uma obra duma beleza avassaladora."

Luis Miguel Oliveira