GAINSBOURG - VIDO HERÓICA domingo 06


França, 2010, 130m.

Título original: Gainsbourg (Vie héroïque) / De: Joann Sfar / Com: Doug Jones (I)

Em 1941, durante o período de ocupação Nazi, o jovem Lucien vagueia em torno de Paris, com uma estrela dourada presa ao seu casaco, que transformou habilmente numa estrela de xerife. Uns anos mais tarde, e depois de terminar os seus estudos superiores em arte, este artista, desiludido, experimenta ganhar a vida tocando em bares locais… acabando por ficar conhecido como a estrela de cabaret do Swinging Sixties: Serge Gainsbourg. A sua aparência poderá parecer invulgar mas consegue levar a mítica Brigitte Bardot para a cama, seduzir Jane Birkin com um par de boxers à imagem da bandeira francesa e dançar com Juliette Greco a qualquer hora da noite. Contudo, há sempre um senão, que lhe obstrui o caminho da felicidade e que assume a forma de uma personagem, La Gueule, que o estimulará, atormentará, e sobretudo, transformá-lo-á no ícone que ainda hoje nos continua a encantar.

36 VISTAS DO MONTE SAINT-LOUP domingo 13


ITA/FRA, 2009, Cores, 86 min.

Título original: 36 Vues du pic Saint-Loup / De: Jacques Rivette / Com: Sergio Castellito, Jane Birkin , André Marcon, Jacques Bonnaffé, Julie-Marie Parmentier
Género: Drama, Comédia / Classificação: M/12

Pouco antes de fazer uma digressão com o seu velho circo de província, o proprietário morre. Sem saber o que fazer, a companhia pede a Kate (Jane Birkin), a filha mais velha do falecido, para que regresse e tome as rédeas do negócio. Para satisfação de todos, ela decide aceitar o convite e, depois de 15 anos de ausência, regressar à vida circense. Com ela vem também Vittorio (Sergio Castellitto), um italiano apaixonado pelo Circo e pela vida na estrada. Com o passar do tempo vão-se criando laços e cumplicidades. Até ao dia em que a digressão chega ao seu fim e cada um deverá seguir o seu caminho. E agora? Último filme de Jacques Rivette (“A Bela Impertinente “, “Sabe-se Lá!”, “História de Marie e Julien”, “Não Toquem no Machado”), é inspirado na vida do escritor francês Raymond Roussel

LOLA domingo 20


FRA/Filipinas, 2009, Cores, 113 min.

Título original: Lola / De: Brillante Mendoza / Com: Anita Linda, Rustica Carpio, Tanya Gomez, Jhong Hilario, Ketchup Eusebio / Género: Drama / Classificação: M/12

Lola, em filipino, significa avó. O neto de Lola Sepa foi assassinado pelo neto de Lola Puring, ambas são muito pobres e é esta tragédia que ligará o seu destino: uma tentará encontrar forma de pagar o funeral do falecido, a outra, uma maneira de pagar a fiança do assassino. Na primeira audiência de tribunal, o amor e a força das duas vão confrontar-se pois estão ambas dispostas a tudo pelos netos, mesmo que um seja a vítima e o outro o homicida. Realizado por Brillante Mendoza (“Massagista”, “Serbis”, “Kinatay”), retrata a cultura filipina focando os problemas sociais, a pobreza, a luta diária pela sobrevivência, mas também evidenciando um profundo respeito pelos idosos. Prémio do júri no Festival de Veneza em 2009.

LADRÕES DE BICICLETA quarta-feira 23


ITA, 1948, P&B, 84min

Título original: Ladri di Biciclette / De: Vittorio De Sica

O desenvolvimento da técnica na sociedade do capital tende a aparecer como desenvolvimento tecnológico, com objetos complexos assumindo formas estranhadas, que sob certas circunstâncias sócio-históricas podem assumir alto potencial destrutivo. Na medida em que se amplia, o fetichismo da mercadoria imprime sua marca indelével na sociabilidade humana, constituindo formas complexas de fetichismo social, criando a aparência de uma tecnologia onipotente e malévola. O fetiche da técnica através dos objetos tecnológicos tendem a ocultar a verdadeira dominação do capital como relação social a serviço da reprodução hermafrodita da riqueza abstrata. Na medida em que a tecnologia assume novas formas materiais, instaurando novas técnicas de virtualização de base bio-informática de intenso cariz manipulatório, tal fetichismo da técnica alcança maior intensidade e amplitude, principalmente no plano do imaginário social. O problema da tecnologia é o problema do controle social capaz de abolir o fetichismo da matrix tecnológica. Na medida em que tais contradições do capital se acirram, explicita-se a necessidade do controle social dos objetos tecnológicos complexos, sob pena do aprofundamento da barbárie social, tendo em vista que eles são utilizados, em si e para si, como nexus de intensificação da manipulação e da produção destrutiva do capital.
Temas-chaves: técnica e tecnologia, capital e processo civilizatório, fetichismo e controle social, capitalismo manipulatório e novas tecnologias da virtualização.

MEGAMIND sábado 26


EUA, 2010, Cores, 96 min.

Título original: Megamind / De: Tom McGrath / Género: Animação, Comédia / Classificação: M/6

Megamind, o mais pérfido dos super-vilões, vence finalmente Metro Man, o seu arqui-inimigo e adversário de inenarráveis batalhas. Porém, depois da vitória, Megamind sente falta da adrenalina e, sem saber o que fazer com os seus dias cinzentos, vê a sua vida perder o significado, entrando em depressão. Assim, e porque qualquer vilão que se preze precisa de um adversário à altura, encontra a solução inventando Tighten, um novo concorrente, cuja única missão será defender a Humanidade contra a sua terrível fúria. Mas, para infelicidade do mestre, a sua criação revela-se pouco amistosa e decide destruir, ela mesma, a raça humana. Agora parece restar apenas uma alternativa: Megamind tornar-se a sua própria antítese e transformar-se no improvável super-herói que salvará o mundo.

INSIDE JOB - A VERDADE DA CRISE domingo 27


EUA, 2010, Cores, 106 min

Título original: Inside Job / De: Charles Ferguson / Género: Documentário / Classificação: M/12

Com realização do documentarista Charles Ferguson e narração do actor Matt Damon, um documentário que tenta comprovar a “verdade da crise”. Ou seja, dedica-se a enumerar as razões que levaram à crise económica de 2008 que se estendeu a todos os pontos do globo. Após uma profunda investigação, com entrevistas aos mais conceituados economistas, políticos e comentadores, o realizador faz as várias conexões entre as fracções da sociedade mostrando como tudo poderia ter sido evitado